Editorial

Preparo fundamental

Para quem dedicou algumas horas para ir até o Centro de Pelotas na noite de segunda-feira acompanhar a ação, de alguma forma foi entretenimento, curiosidade. Mas para os muitos profissionais das forças de segurança envolvidos, a simulação de um assalto ao Banco do Brasil na esquina das ruas Lobo da Costa e General Osório representou algo essencial: a preparação para a hipótese de que cenas como aquelas venham a ocorrer de fato, e não apenas como demonstração ou reprodução.

Em um ambiente controlado, agentes da Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Geral de Perícias, Susepe, Comando Rodoviário, Batalhão Ambiental, Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Segurança e Samu se envolveram em uma ação coordenada com o objetivo de reagir a uma fictícia tomada da cidade por criminosos, defendendo reféns, a comunidade e patrimônios. Se para quem assistiu houve momentos em que pareceu um filme, nunca é demais lembrar que a realidade tem sido mais surpreendente e violenta que muitos roteiros cinematográficos em diversos municípios país afora. Basta uma rápida pesquisa na internet por assaltos a bancos para perceber que a lista de ocorrências recentes é extensa, com milhares de pessoas tendo sido expostas ao risco provocado pela audácia de grupos fortemente armados. Logo, nada do que foi reproduzido no Centro de Pelotas pode ser considerado fora de cogitação.

É por conta disso que é preciso saudar a iniciativa, cujas imagens estão no site do Diário Popular. Por vezes criticadas por ações em que os resultados não condizem com a expectativa da sociedade, as forças de segurança costumam ser cobradas por especialistas diante da necessidade de permanente preparo para lidar com situações cotidianas e extremas de forma a proteger os cidadãos, garantindo-lhes confiança no trabalho policial. Confiança e segurança que, ressalte-se, são essenciais sobretudo aos próprios agentes que atuam na linha de frente da proteção à comunidade. Como humanos que são, é preciso sempre lembrar que estas pessoas, em momentos de tensão, também precisam de convicção, expertise e coordenação em grupo para agir da forma mais assertiva e adequada. Algo que conhecimento e treino podem contribuir decisivamente.

Certamente, depois da simulação de segunda-feira, Pelotas e Zona Sul podem se sentir mais seguras quanto à capacidade de suas forças de segurança.​

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